domingo, 27 de junho de 2010

Como Funciona uma Usina Nuclear


Muito se fala nos riscos que existem na produção de energia elétrica utilizando usinas nucleares, mas muito foi apreendido com acidentes como de Chernobyl, que é o mais conhecido. E de lá para cá a tecnologia tem sido muito aprimorada.
Primeiramente, o funcionamento de uma usina nuclear parte do princípio do fissão nuclear, o mesmo princípio utilizado na bomba atômica, mas em uma escala muito reduzida.
A fissão nuclear é o rompimento de um núcleo bombardeado por um neutron e nesse rompimento é gerado uma grande energia e mais neutrons que vão se colidindo e rompendo outros nucleos, o que mantém o processo. A diferença de uma usina nuclear e uma bomba é que em uma usina, esse processo da fissão nuclear é controlada de forma que se mantenha estável e em uma bomba esse processo é criado para que se torne instável, ocasionando a explosão.
No processo da fissão nuclear, também é liberado raios gama que é a radiação, por isso a grande preocupação com a contaminação.
A fissão nuclear em uma usina serve unicamente para ferver água e que após a água fervida o vapor move uma turbina para gerar a energia elétrica, da mesma forma como uma usina termoelétrica que utiliza carvão ou gás natural.
Esse vapor da água que é aquecida pelo reator é contaminado pelos raios gama, por isso ele não é utilizado diretamente para movimentar as turbinas, mas passa por fora de uma serpentina para ferver outra água de dentro dessa mesma serpentina. Por isso aquele vapor que enxergamos pela chaminé de uma usina não está contaminado, pois ele é proveniente dessa outra água que está limpa.
A usina de Chernobil teve seu acidente, pois não possuía muitos sistemas de contenção da radiação e segurança, hoje as usinas já estão muito evoluídas nesse sentido, mas que não deixam de possuir riscos, principalmente no transporte e descarte do material radioativo.

sábado, 26 de junho de 2010

IMPACTOS AMBIENTAIS DAS PRINCIPAIS FONTES DE GERAÇÃO DE ENERGIA


A RGE compra energia de empresas geradoras de energia para vender aos consumidores, estas fontes de geração são causadoras de impactos ambientais indiretos de nossa atividade.

Usina Hidrelétrica

A energia elétrica proveniente de Usinas Hidrelétricas é gerada a partir do aproveitamento da força das águas de um rio. Este processo é realizado através da movimentação das pás de uma turbina pela passagem das águas e em cujo eixo está acoplado um gerador. O giro da turbina possibilita que o gerador converta a energia do movimento das águas em energia elétrica.Principais impactos ambientais negativos de usinas hidrelétricas:Inundam áreas extensas de produção de alimentos e florestas;Alteram fortemente o ambiente e com isso prejudicam muitas espécies de seres vivos, exemplo: interferem na migração e reprodução de peixes;Alteram o funcionamento dos Rios;Geram resíduos nas atividades de manutenção de seus equipamentos.

Usina Térmica

Produzem energia elétrica através de um gerador que é impulsionado pela queima de combustível. Ao queimar, o combustível aquece uma caldeira com água, produzindo vapor com uma pressão tão alta que move as pás de uma turbina, que por sua vez aciona o gerador.O combustível para as usinas térmicas pode ser carvão, óleo, gás natural e madeira.Principais impactos ambientais negativos de usinas térmicas:Emitem gases que contribuem para o efeito estufa, tais como o dióxido de carbono;No caso das usinas térmicas a carvão e óleo, também há emissão de óxidos de enxofre e nitrogênio, que se liberados na atmosfera podem ocasionar chuvas ácidas prejudiciais à agricultura e florestas. Geram resíduos nas atividades de manutenção de seus equipamentos.

Usina Nuclear

A produção de energia nuclear é uma forma de se obter energia elétrica em larga escala. Essa energia pode ser obtida através da fissão nuclear do urânio, do plutônio ou do tório, ou ainda, da fusão nuclear do hidrogênio. As usinas nucleares são usinas térmicas que aproveitam a energia do urânio e do plutônio. Embora sejam muito seguras, apresentam o risco de acidentes que causem vazamento de radiação para o meio ambiente, os quais apresentam conseqüências gravíssimas. O principal impacto ambiental das usinas nucleares é a geração de lixo atômico, que é extremamente perigoso e para o qual não há meio de descontaminação.

Geradores Eólicos

Produzem energia elétrica através do acionamento de geradores por pás movidas por massas de ar. A energia dos ventos é renovável e limpa, em alguns locais é abundante.Os principais impactos ambientais dos geradores eólicos são a geração de ruídos e a poluição visual devido a seu grande porte.

Geração por Energia Solar

Consiste na conversão direta da luz do sol em energia elétrica, este processo é realizado por equipamentos geralmente chamados de painéis fotovoltaicos. O Sol irradia sobre a Terra anualmente algo equivalente a 10 mil vezes a energia consumida pela população mundial no mesmo período.O aproveitamento da energia solar tem ocorrido em baixa escala, pois o custo de produção dos painéis é elevado. A eletricidade gerada por luz solar causa baixo impacto ambiental, o qual restringi-se a matéria-prima necessária para a construção dos painéis fotovoltaicos.

A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIEDADE PARA DIMINUIÇÃO DOS IMPACTOS DO SETOR ELÉTRICO:

A Sociedade pode ajudar a conservar o meio ambiente se utilizar a energia elétrica de forma eficiente, pois desta forma pode evitar ou adiar os impactos ambientais associados a construção e manutenção de novas usinas, linhas de transmissão e redes de distribuição de energia.

Outros benefícios da eficiência energética:
  • Economia de recursos;
  • Aumento das garantias de abastecimento contínuo de energia.

domingo, 20 de junho de 2010








Atualmente no mundo, a participação da energia nuclear ainda é pequena, se comparada com a grande quantidade de centrais térmicas baseadas no carvão, principal matéria prima energética do início do século, e do óleo, derivado do petróleo. Mas já pode ser comparada à quantidade de hidroelétricas, que foram as mais construídas durante os últimos anos.
Nos dias de hoje estão em operação, ao redor do mundo, 434 centrais termoelétricas, em grande parte concentradas na América do Norte (EUA e Canadá) e Europa, em especial a França e o Leste Europeu, do antigo Bloco Socialista. Apesar dos vários movimentos governamentais em busca de parar a construção de usinas nucleares, no mundo ainda há 36 centrais em construção em 14 diferentes países, evidenciando que essas centrais ainda serão responsáveis por grande parte da energia elétrica gerada no globo.
De todos os países detentores da tecnologia nuclear, e que já implementaram centrais nucleares, 19 deles possuem mais de 25% da geração nuclear.

Central Nuclear de OhiNPP, Japão









Central Nuclear de Gösgen, Suíça













Central Nuclear de Atucha,Argentina































Central Nuclear de Grafenrheinfeld,Alemanha







Tipos de Energia Elétrica comercial gerada no mundo



sábado, 19 de junho de 2010

Acidentes Nucleares

Voltada para "fins pacíficos", como fazem questão de alardear todos os governos que detêm tecnologia nuclear, a energia atômica obtida das usinas nucleares está longe de merecer qualquer comemoração. Os problemas com os rejeitos radioativos e os acidentes nucleares registrados até agora demonstram que é totalmente falho o modo pelo qual esta energia é gerada atualmente, ou, o que vem a dar no mesmo, demonstram que o ser humano não passa de um aprendiz nesse assunto, apesar de evidentemente estar convencido de dominar integralmente todo o processo.

De acordo com dados do governo americano de fins da década de 80, encontravam-se armazenados (apenas nos Estados Unidos), em tanques especiais de aço, entre 300 e 400 milhões de litros de resíduos radioativos. O ecologista brasileiro Júlio José Chiavenato afirma que "1% desse lixo atômico é mais poderoso do que todas as emissões liberadas pelas bombas atômicas detonadas até hoje." Todo esse lixo atômico precisa ser guardado por pelo menos mil anos, e os tanques precisam ser substituídos a cada vinte anos por razões de segurança. De acordo ainda o ecologista Chiavenato, qualquer animal vivo hoje na Terra tem traços de estrôncio-90 nos ossos, um composto resultante dos processos de industrialização nuclear.

Também por "razões de segurança", quando acontece um acidente nuclear dificilmente são dadas todas as informações sobre o que ocorreu. A não ser que o acidente seja de fato muito grave, como foi o da usina de Three Mile Island nos Estados Unidos em 1979 e o da usina de Chernobyl, na Rússia, em 1986. Mas mesmo nesses casos as autoridades tentaram num primeiro momento minimizar a gravidade da situação. Já no caso de acidentes nucleares em instalações militares, as informações que chegam ao público (quando chegam) são muito escassas.

Vamos ver os principais acidentes nucleares até hoje registrados (abril de 1998):
Em 1957 escapa radioatividade de uma usina inglesa situada na cidade de Liverpool. Somente em 1983 o governo britânico admitiria que pelo menos 39 pessoas morreram de câncer, em decorrência da radioatividade liberada no acidente. Documentos secretos recentemente divulgados indicam que pelo menos quatro acidentes nucleares ocorreram no Reino Unido em fins da década de 50.

Em setembro de 1957, um vazamento de radioatividade na usina russa de Tcheliabinski contamina 270 mil pessoas.

Em dezembro de 1957, o superaquecimento de um tanque para resíduos nucleares causa uma explosão que libera compostos radioativos numa área de 23 mil km2. Mais de 30 pequenas comunidades, numa área de 1.200 km², foram riscadas do mapa na antiga União Soviética e 17.200 pessoas foram evacuadas. Um relatório de 1992 informava que 8.015 pessoas já haviam morrido até aquele ano em decorrência dos efeitos do acidente.

Em janeiro de 1961, três operadores de um reator experimental nos Estados Unidos morrem devido à alta radiação.

Em outubro de 1966, o mau funcionamento do sistema de refrigeração de uma usina de Detroit causa o derretimento parcial do núcleo do reator.

Em janeiro de 1969, o mau funcionamento do refrigerante utilizado num reator experimental na Suíça, inunda de radioatividade a caverna subterrânea em que este se encontrava. A caverna foi lacrada.

Em março de 1975, um incêndio atinge uma usina nuclear americana do Alabama, queimando os controles elétricos e fazendo baixar o volume de água de resfriamento do reator a níveis perigosos.

Em março de 1979, a usina americana de Three Mile Island, na Pensilvânia, é palco do pior acidente nuclear registrado até então, quando a perda de refrigerante fez parte do núcleo do reator derreter.

Em fevereiro de 1981, oito trabalhadores americanos são contaminados, quando cerca de 100 mil galões de refrigerante radioativo vazam de um prédio de armazenamento do produto.

Durante a Guerra das Malvinas, em maio de 1982, o destróier britânico Sheffield afundou depois de ser atingido pela aviação argentina. De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, o navio estava carregado com armas nucleares, o que põe em risco as águas do Oceano Atlântico próximas à costa argentina.

Em janeiro de 1986, um cilindro de material nuclear queima após ter sido inadvertidamente aquecido numa usina de Oklahoma, Estados Unidos.

Em abril de 1986 ocorre o maior acidente nuclear da história (até agora), quando explode um dos quatro reatores da usina nuclear soviética de Chernobyl, lançando na atmosfera uma nuvem radioativa de cem milhões de curies (nível de radiação 6 milhões de vezes maior do que o que escapara da usina de Three Mile Island), cobrindo todo o centro-sul da Europa. Metade das substâncias radioativas voláteis que existiam no núcleo do reator foram lançadas na atmosfera (principalmente iodo e césio). A Ucrânia, a Bielorússia e o oeste da Rússia foram atingidas por uma precipitação radioativa de mais de 50 toneladas. As autoridades informaram na época que 31 pessoas morreram, 200 ficaram feridas e 135 mil habitantes próximos à usina tiveram de abandonar suas casas. Esses números se mostrariam depois absurdamente distantes da realidade, como se verá mais adiante.

Em setembro de 1987, a violação de uma cápsula de césio-137 por sucateiros da cidade de Goiânia, no Brasil, mata quatro pessoas e contamina 249. Três outras pessoas morreriam mais tarde de doenças degenerativas relacionadas à radiação.

Em junho de 1996 acontece um vazamento de material radioativo de uma central nuclear de Córdoba, Argentina, que contamina o sistema de água potável da usina.

Em dezembro de 1996, o jornal San Francisco Examiner informa que uma quantidade não especificada de plutônio havia vazado de ogivas nucleares a bordo de um submarino russo, acidentado no Oceano Atlântico em 1986. O submarino estava carregado com 32 ogivas quando afundou.

Em março de 1997, uma explosão numa usina de processamento de combustível nuclear na cidade de Tokai, Japão, contamina 35 empregados com radioatividade.
Em maio de 1997, uma explosão num depósito da Unidade de Processamento de Plutônio da Reserva Nuclear Hanford, nos Estados Unidos, libera radioatividade na atmosfera (a bomba jogada sobre a cidade de Nagasaki na Segunda Guerra mundial foi construída com o plutônio produzido em Hanford).

Em junho de 1997, um funcionário é afetado gravemente por um vazamento radioativo no Centro de Pesquisas de Arzamas, na Rússia, que produz armas nucleares.
Em julho de 1997, o reator nuclear de Angra 1, no Brasil, é desligado por defeito numa válvula. Segundo o físico Luiz Pinguelli Rosa, foi "um problema semelhante ao ocorrido na usina de Three Mile Island", nos Estados Unidos, em 1979.

Em outubro de 1997, o físico Luiz Pinguelli adverte que estava ocorrendo vazamento na usina de Angra 1, em razão de falhas nas varetas de combustível. Na época ele declara: "Está ocorrendo vazamento há muito tempo. O nível de radioatividade atual é progressivo e está crítico."

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Energia Nuclear



A procura da tecnologia nuclear no Brasil começou na década de 50, com o pioneiro nesta área, Almirante Álvaro Alberto, que entre outros feitos criou o Conselho Nacional de Pesquisa, em 1951, e que importou duas ultra-centrifugadoras da Alemanha para o enriquecimento do urânio, em 1953.

Era de se imaginar que o desenvolvimento transcorreria numa velocidade maior, porém ainda são obscuras as reais causas que impediram este deslanche, e o país não passou da instalação de alguns centros de pesquisas na área nuclear.

A decisão da implementação de uma usina termonuclear no Brasil aconteceu de fato em 1969, quando foi delegado a Furnas Centrais Elétricas SA a incumbência de construir nossa primeira usina nuclear. É muito fácil concluir que em nenhum momento se pensou numa fonte para substituir a energia hidráulica, da mesma maneira que também após alguns anos, ficou bem claro que os objetivos não eram simplesmente o domínio de uma nova tecnologia. Estávamos vivendo dentro de um regime de governo militar e o acesso ao conhecimento tecnológico no campo nuclear permitiria desenvolver não só submarinos nucleares mas armas atômicas.
O Programa Nuclear Paralelo, somente divulgado alguns anos mais tarde, deixou bem claro as intenções do país em dominar o ciclo do combustível nuclear, tecnologia esta somente do conhecimento de poucos países no mundo.

Em junho de 1974, as obras civis da Usina Nuclear de Angra 1 estavam em pleno andamento quando o Governo Federal decidiu ampliar o projeto, autorizando Furnas a construir a segunda usina.

Mais tarde, no dia 27 de junho de 1975, com a justificativa de que o Brasil já apontava escassez de energia elétrica para meados dos anos 90 e início do século 21, uma vez que o potencial hidroelétrico já se apresentava quase que totalmente instalado, foi assinado na cidade alemã de Bonn o Acordo de Cooperação Nuclear, pelo qual o Brasil compraria oito usinas nucleares e obteria toda a tecnologia necessária ao seu desenvolvimento nesse setor.
De=sta maneira o Brasil dava um passo definitivo para o ingresso no clube de potências atômicas e estava assim decidido o futuro energético do Brasil, dando início à "Era Nuclear Brasileira".

Angra 1 encontra-se em operação desde 1982 e fornece ao sistema elétrico brasileiro uma potência de 657 MW. Angra 2, após longos períodos de paralização nas obras, inicia sua geração entregando ao sistema elétrico mais 1300 MW, o dobro de Angra 1.

A Central Nuclear de Angra, agora com duas unidades, está pronta para receber sua terceira unidade. Em função do acordo firmado com a Alemanha, boa parte dos equipamentos desta usina já estão comprados
e estocados no canteiro da Central, com as unidades 1 e 2 existentes, praticamente toda a infraestrutura necessária para montar Angra 3 já existe, tais como pessoal treinado e qualificado para as áreas de engenharia, construção e operação, bem como toda a infraestrutura de canteiro e sistemas auxiliares externos. Desta maneira, a construção de Angra 3 é somente uma questão de tempo.

domingo, 13 de junho de 2010

Fundamento das usinas nucleares

A relação nuclear

A relação nuclear ocorre quando um neutron colide com o átomo de um elemento e é por este absorvido.O nucleo desse átomo é levado a um nível de energia acima do normal; ou seja, fica exitado. Esse atomo tende a ser fragmentar, no processo chamado "Fissão Nuclear".

Quando isso ocorre o átomo libera grande quantidade de energia termica e junto de dois ou três novos neutrons, os quai colidirão com outros átomos, produzindo mais fissões e mais neutrons.Esse processo denomina-se ''Reação em Cadeia.

O controle de uma Usina nuclear

A usina nuclear (ou termonoclear) difere da Termica Convencional basicamente quando à fonte de calor; enquanto uma termica convencional queima-se óleo, carvão ou gás na caldera, em uma Usina Nuclear usa-se o pontencial energético do urâneo para aquecer a água que circula no interior do reator.
Uma Usina Nuclear possui três circuitos de água: primário, secundario e de água de refrigeração. Esses circuitos são independentes um do outro; ou seja, a água de cada um deles não entra em contato direto com a do outro.

No interior do vaso do reator, que faz parte do circuito, a água é aqurcida pela energia térmica liberada pela fissão do átomo de urâneo. O calor dessa água contida no gerador de vapor, que faz parte do circuito secundário. O vapor então produzido é utilizado para movimentar a turbina, a cujo eixo está acoplado o gerdor eletrico, resutando então em energia eletrica. A água do circuito primario é aquecida até cerca de 305° C; sua pressão é mantida em torno de 157Kgf/cm² (1Kgf/cm²=1 atmosfera), Para que permaneça no estado liquido. Para se ter uma idéia deste valor de pressão equivalente a uma coluna de aproximadamente 1,5Km.

O vapor é condasado através de troca de calor com a água de refrigeração. A áqua condensada é bonbeada de volta ao gerador de vapor, para um novo ciclo.


Foi um acidente radioativo ocorrido no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. No desastre foram contaminadas centenas de pessoas acidentalmente através de radiações emitidas por uma cápsula que continha césio-137. Foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. Tudo teve inicio com a curiosidade de dois catadores de lixo, que vasculhavam as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia.
No local eles acabaram encontrando um aparelho de radioterapia, eles removeram a máquina com a ajuda de um carrinho de mão e levaram o equipamento até a casa de um deles.
No período da desmontagem da máquina, foram expostos ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um pó branco parecido com o sal de cozinha, porém no escuro ele brilha com uma coloração azul. Após cinco dias, a peça foi vendida a um proprietário de um ferro-velho, o qual se encantou com o brilho azul emitido pela substância. Crendo estar diante de algo sobrenatural, o dono do ferro-velho passou 4 dias recebendo amigos e curiosos interessados em conhecer o pó brilhante. Muitos levaram para suas casas pedrinhas da substância, parte do equipamento de radioterapia também foi para outro ferro-velho, de forma que gerou uma enorme contaminação com o material radioativo.
Os primeiros sintomas da contaminação (vômitos, náuseas, diarréia e tonturas) surgiram algumas horas após o contato com a substância, o que levou um grande número de pessoas a procura hospitais e farmácias, sendo medicadas apenas como pessoas portadoras de uma doença contagiosa. Mas tarde descobriu-se de que se tratava na verdade de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação. Somente no dia 29 de setembro de 1987 é que os sintomas foram qualificados como contaminação radioativa, e isso só foi possível devido à esposa do dono do ferro-velho ter levado parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária
Os médicos que receberam o equipamento solicitaram a presença de um físico, pois tinham a suspeita de que se tratava de material radioativo.
O então chefe do Departamento de Instalações Nucleares José Júlio Rosenthal, dirigiu-se no mesmo dia para Goiânia. Ao se deparar com um quadro preocupante, ele chamou o médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (atualmente, Indústrias Nucleares do Brasil) e também o médico Carlos Brandão da CNEN. Chegaram no dia seguinte, quando a secretaria de saúde do estado já fazia a triagem num estádio de futebol dos acidentados.
Uma das primeiras medidas foi separar todas as roupas das pessoas expostas ao material radioativo, lavá-las com água e sabão para a descontaminação externa. Após esta medida, as pessoas tomaram um quelante (substancia que elimina os efeitos da radiação, denominado de “azul da Prússia”). Com ele, as partículas de césio saem do organismo através da urina e das fezes. Cerca de um mês após o acidente quatro pessoas vieram a óbito, a menina Leide das Neves, Maria Gabriela e dois funcionários do ferro-velho e cerca de 400 pessoas ficaram contaminadas. O trabalho de descontaminação dos locais atingidos geraram cerca de 13,4 toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção, etc.) contaminado com o césio-137. Esse lixo encontra-se armazenado em cerca de 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 180 anos.
Após o acidente cerca de 60 pessoas morreram vítimas da contaminação com o material radioativo, entre eles funcionários que realizaram a limpeza do local. O Ministério Público reconhece apenas 628 vítimas contaminadas diretamente, mas a Associação de Vítimas contaminadas do Césio-137 calcula que esse número seja superior a 6 mil pessoas que foram atingidas pela radiação. No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços. Atualmente, as vítimas reclamam da omissão do governo para com a assistência que eles necessitam, tanto médica como de medicamentos. O governo nega a acusação e diz que as vítimas fazem o uso do acidente como pretexto para justificar todos seus problemas de saúde.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Acidente nuclear de Chernobil

O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas,resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.
Causas
Há duas teorias oficiais, mas contraditórias, sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986, e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator RBMK, especificamente nas hastes de controle. Ambas teorias foram fortemente apoiadas por diferentes grupos, inclusive os projetistas dos reatores, pessoal da usina de Chernobil, e o governo. Alguns especialistas independentes agora acreditam que nenhuma teoria estava completamente certa. Na realidade o que aconteceu foi uma conjunção das duas, sendo que a possibilidade de defeito no reator foi exponencialmente agravado pelo erro humano.
Porém o fator mais importante foi que Anatoly Dyatlov, engenheiro chefe responsável pela realização de testes nos reatores, mesmo sabendo que o reator era perigoso em algumas condições e contra os parâmetros de segurança dispostos no manual de operação, levou a efeito intencionalmente a realização de um teste de redução de potência que resultou no desastre. A gerência da instalação era composta em grande parte de pessoal não qualificado em RBMK: o diretor, V.P. Bryukhanov, tinha experiência e treinamento em usina termo-elétrica a carvão. Seu engenheiro chefe, Nikolai Fomin, também veio de uma usina convencional. O próprio Anatoli Dyatlov, ex-engenheiro chefe dos Reatores 3 e 4, somente tinha "alguma experiência com pequenos reatores nucleares"


Imagem de satelite das area atingida pelo acidente
Usina nuclear de Chernobil atualmente







terça-feira, 8 de junho de 2010

O q sao usinas????

Usina Nuclear, também conhecida como central nuclear, é uma instalação que produz energia elétrica através de reações nucleares de elementos radioativos.

O elemento mais utilizado nas usinas é o urânio. Este material é colocado em barras dentro dos reatores da usina. O calor gerado pela reação move um alternador que produz a energia elétrica.

Um dos grandes problemas é a geração do lixo nuclear por parte destas usinas. Este lixo deve ser manipulado, transportado e armazenado, seguindo todas as normas de segurança. Isso ocorre, pois os resíduos radioativos são extremamente perigosos caso ocorra contato com seres humanos, fontes de água, terra, ar, etc.

O Brasil possui duas usinas nucleares em atividade, Angra I e Angra II, situadas no município de Angra dos Reis (estado do Rio de Janeiro).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto

A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é formada pelo conjunto das usinas nuclearesAngra 1,Angra 2 e Angra 3 de propriedade da Eletronuclear, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobrás. São o resultado de um longo Programa nuclear brasileiro que remonta à década de 1950 com a criação do CNPq liderado na época principalmente pela figura do Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, que lhe empresta o nome.

Localização

A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAA) está localizada às margens da rodovia Rio-Santos, na praia de Itaorna, aproximadamente a meio caminho entre os centros dos municípios de Angra dos Reis e Paraty, no Estado do Rio de Janeiro. As razões determinantes dessa localização foram a proximidade dos 3 principais centros de carga do Sistema Elétrico Brasileiro (São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro), a necessária proximidade do mar, e a facilidade de acesso para os componentes pesados.
A interligação elétrica da usina ao sistema elétrico é feita por linhas de transmissão em 500kV para as subestações de Tijuco Preto (SP) e Adrianópolis (RJ). Uma interligação em 138 kV existe para alimentar os sistemas da usina nos períodos de parada.

Instalações


Angra 1
Além das usinas de Angra 1 e 2, e das obras da Usina de Angra 3, a área da Central abriga ainda 2 subestações elétricas (138 e 500 kV) operadas por Furnas Centrais Elétricas S.A., os depósitos de armazenamento de rejeitos de baixa e média atividade, e diversas instalações auxiliares (prédios de engenharia, almoxarifados, etc).
A potência total das usinas é de 2007 MW, dos quais 657MW em Angra 1 e 1350MW em Angra 2. Adicionalmente está em construção a usina nuclear de Angra 3, com capacidade idêntica a Angra 2 e entrada em operação prevista para 2014.
Nas cercanias da Central existem ainda as vilas residenciais de Praia Brava e Mambucaba, que abrigam os operadores das usinas além de laboratórios de monitoração ambiental, centros de treinamento e hospitais.

História

Em 1982, após longo período de construção, teve início a operação comercial da Usina de Angra 1, com 657 MW. O início da vida da usina foi marcado por diversos problemas, que levavam a constantes interrupções na operação. Houve mesmo longo litígio entre Furnas Centrais Elétricas, então operadora da usina e a Westinghouse, sua fornecedora. A partir de 1995, com a solução dos problemas técnicos e com o aprendizado das equipes de operação e manutenção, o desempenho da usina, medido pelo seu fator de capacidade, melhorou substancialmente.
Em 2000 entrou em operação a Usina de Angra 2 com 1350 MWe. Esta usina foi construída com tecnologia alemã Siemens/KWU, ainda no âmbito do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Em seu primeiro ano de operação a Angra 2 atingiu um fator de capacidade de quase 90% (2001).
No ano de 2007 a CNAA gerou o montante de 12.365.399 MWh de energia bruta, o que representa cerca de 40% do total da energia térmica gerada no país no ano.
Atualmente, a energia nuclear corresponde a 3.3% do consumo do país (PRIS, 2007).
De 1985, quando entrou em operação comercial a usina de Angra 1, até 2005 a produção acumulada de energia das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 somam 100 milhões de megawatts-hora (MWh).
Isso equivale à produção anual da usina hidrelétrica Itaipu Binacional ou ainda à iluminação do estádio do Maracanã por 150 mil anos. 100 milhões de megawatts-hora seriam suficientes para iluminar o Cristo Redentor por 1,8 milhão de anos; a Passarela do Samba (Sambódromo) por 28,9 mil anos, com os monumentos acesos 12 horas/dia nos 365 dias do ano. A produção acumulada de energia das usinas nucleares brasileiras seria suficientes, ainda, para abastecer por mais de 60 anos toda a iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro ou o consumo do estado do Rio durante três anos. Nos próximos seis ou sete anos, as duas usinas poderão repetir este número, gerando uma média de 15 milhões de megawatts.hora/ano.
A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é operada pela Eletronuclear e gera 2000 empregos diretos e cerca de 10.000 indiretos no Estado do Rio de Janeiro.
Em 2008 foram produzidos na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto 14.003.775 MWh, correspondendo a 3% do consumo de energia elétrica do Brasil.

Energia nuclear no mundo

Existem hoje 441 reatores nucleares em operação em 31 países gerando eletricidade para aproximadamente um bilhão de pessoas e responsáveis por aproximadamente 17% da energia elétrica mundial. Em muitos países industrializados a eletricidade gerada por reatores nucleares representa a metade ou mais de todo o consumo. 32 usinas estão atualmente em construção. A energia nuclear tem um histórico de confiabilidade, ambientalmente segura, barata e sem emitir gases nocivos na atmosfera.

Operação

As usinas operam normalmente a plena capacidade 100% do tempo, sendo desligadas uma vez por ano para recarga do reator. Estas paradas duram cerca de 30 dias e, além da recarga, são feitos diversos testes nos sistemas normais e de segurança, além de manutenções programadas. O despacho das usinas é comandado pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Região Circunvizinha

A região de Itaorna, antes um local remoto e ermo, viu gradativamente crescerem comunidades e bairros ao ser redor. Assim, além das vilas de Praia Brava e Mambucaba, habitadas pelos operadores das usinas, existem hoje nas proximidades da vila de Mambucaba a comunidades do Perequê, e, um pouco mais distante, do Frade.